quinta-feira, 15 de julho de 2010

Aquilo que te move

Mas hoje, ah!, sim, hoje é um novo dia. Dia de deixar lá atrás o que ficou pra trás e dar um passo em frente.
Até que se possa dar outro passo e outro e mais outro, até que muitos passos já tenham sido dados e eu possa me lembrar de tudo isso com orgulho. Com um orgulho de quem viveu e não se arrepende. Com orgulho de quem amou sem medo, sem exitar.
É hora de levantar a cabeça. Perde-se uma luta, mas não a guerra, como diriam os mais velhos.
E um dia sem lutar, este sim é um dia perdido. É a guerra da vida, na qual batalhamos por um futuro justo e adequado às nossas maneiras e manias. Pode não ser um futuro bonito para alguns, pode ser um futuro desejável para outros tantos, mas o que realmente importa é fazer com que este seja real, com que se torne real.
E não é deixando de lutar que ele se tornará, um dia, parte do nosso presente.
Deixar de lutar é perder a guerra, e um bom soldado não se deixa vencer pelo cansaço, pelo medo, pelos ferimentos de batalha. Um bom soldado sempre encontra forças pra levantar e lutar, até que a morte o vença por completo. E somente a morte. E esta ainda demorará a chegar; está ainda não vem me visitar.
E quando vier, ofereço-lhe uma xícara de chá e um pedaço de bolo, convido-a a entrar.
E na mais confortável cadeira se sentar.
Mas não é dela que eu quero falar. Não. É da vida. Essa eu tenho pra mim com muita estima; esta eu não posso desperdiçar, pois quando a morte chegar, é sobre a vida que ela vai me perguntar. Que poderei eu contar, então, se não viver e me esbaldar?
Hoje é um dia novo. Quero olhar somente para frente, quero sonhar, sorrir e amar. Quero fazer de cada momento, a partir de hoje, melhor do que o momento precedente, e assim sucessivamente.
Quero abrir a minha mente, viver o presente. Quero manter meu coração quente.
Quero sim falar de amor, pois é o amor que move os homens.
Um homem sem amores, é um homem sem vida. O amor, como já dizia aquele velho ditado, move montanhas.
Amei, sim, e amarei, cegamente e ardentemente, milhares de vezes outras.
Sonharei, sorrirei, caminharei, correrei, quem sabe até voarei. Quem poderá dizer? O homem não é capaz de tudo? Por amor?
O que importa é que hoje é um novo dia, pronto para novas alegrias e, irrefutavelmente, para novas tristezas. Mas essas não suplantarão as alegrias. Nunca serão.
Pois de confiança também se vive, e eu confio nas minhas alegrias. Mais do que isso, nos meus ideais.
Ah, meus ideais. Tantas vezes desdenhados, até mesmo por mim. E não venha me dizer que não se desdenha os próprios ideais, pois cego é aquele que não tem a capacidade de rever e reescrever as próprias ideias. Desses, aliás, o mundo está cheio.
Aproveite o dia para rever os seus. Senão até reiterá-los.
E se assim for, siga-os com afinco. Não desista jamais daquilo que te move.
Vá em frente. Viva.

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